Em Bauru, além do prédio do DER, foram listados entre esses mais de 200 bens outros dois imóveis para as transações: um terreno de 260 metros quadrados localizado na quadra 2 da rua Octávio Mangabeira – que abrigou, no passado, uma delegacia de polícia – e uma área de 68 mil metros quadrados às margens da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-225), a Bauru-Jaú, no quilômetro 231.
Atualmente, funcionam no mesmo imóvel da diretoria regional do DER escritórios do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e da Casa Civil. No mesmo terreno, que possui 90 mil metros quadrados, também estão instalados o 2.º Batalhão da Polícia Rodoviária Estadual, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a Emei Leila de Fátima Alvarez Cassab.
Por meio de nota, o Conselho do Patrimônio Imobiliário do Estado de São Paulo reforçou que “não é objetivo do Estado desalojar os órgãos públicos atualmente instalados no local”, já que “há entendimentos de que as negociações se deem apenas parcialmente no caso das sedes regionais do DER”. A assessoria de comunicação do departamento reforçou que a diretoria regional “não deixará de prestar serviços aos usuários da região”.
PRIMEIRO FUNDO
Segundo a assessoria do governo do Estado, o FII é o primeiro fundo imobiliário do Brasil, criado para “otimizar e racionalizar os recursos públicos”, por meio do “ingresso de valores no Tesouro Estadual e da redução de despesas administrativas e de custeio”.
A carteira reúne mais de 5 mil imóveis avaliados em R$ 1 bilhão. Nesta primeira oferta ao mercado, contudo, foram selecionados 267 imóveis com documentação mais regularizada e que podem ser vendidos com maior facilidade.
No estoque, estão imóveis comerciais, residenciais, terrenos, barracões, oficinas e ginásios incorporados pelo Estado. “Assim, teremos mais recursos para investir naquilo que interessa à população e, por outro lado, atrair investimentos”, destacou, por meio da assessoria, o governador Geraldo Alckmin, salientando a existência de áreas bem localizadas que poderão ser exploradas por empresas.
Para administrar e operar a carteira de imóveis, o Estado irá contratar um gestor por meio de pregão presencial, que será realizado no dia 22 de setembro, na Capital. “Não é expertise do governo vender imóveis. Nos últimos três anos, por exemplo, foram colocados à venda imóveis que somam R$ 380 milhões e apenas 8% foi vendido porque publicar no Diário Oficial não é a forma mais moderna de vender ativos”, disse Alckmin.
A Companhia Paulista de Parcerias (CPP), ligada à Secretaria da Fazenda, será responsável por conduzir a licitação, contratar o administrador e acompanhar a gestão do fundo com o agente privado. O edital, fruto da consulta pública realizada entre abril e maio pelas secretarias da Fazenda e de Governo, foi publicado na edição de 24 de agosto do Diário Oficial do Estado.
Interessados
O pregão presencial será realizado no dia 22 de setembro, às 10h, na sede da Secretaria da Fazenda, na Capital. O gestor do fundo ficará responsável pela administração da carteira de imóveis por cinco anos, prazo que poderá ser prorrogado.
No endereço http://www.imoveis.sp.gov.br/fundoImobiliario, após cadastro, os interessados poderão consultar informações detalhadas de cada área, com matrícula e fotos.
Localizado na quadra 13 da avenida Cruzeiro do Sul, o prédio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) poderá ser parcialmente vendido, arrendado ou alugado pelo governo paulista, que anunciou, na última semana, a criação do Fundo de Investimento Imobiliário do Estado de São Paulo (FII). Por meio dele, inicialmente, 267 imóveis existentes em todas as regiões do Estado poderão ser negociados.